sexta-feira, 22 de maio de 2015

O INDESEJÁVEL PRECONCEITO ANTI-GATO

Há um bom tempo achei esta matéria, mas ao tentar achá-la novamente, não encontrei mais o site original, e pesquisando um pouco mais, encontrei algumas informações em ASTROLOGIA DA DEPRESSÃO (suspenso). A minha intenção é buscar diminuir os preconceitos que atingem os gatos, lutando contra a ignorância, as mentiras e lendas que tanto os prejudicam. Obviamente, postarei apenas uma parte da matéria.


Em defesa dos vilões
Há também os gatos, invariavelmente enquadrados na categoria vilão, em todos os desenhos animados. O principal deles é Tom, o honesto, valente e pacífico felino que há cinquenta anos vem sofrendo toda espécie de humilhações nas garras de um rato nojento chamado Jerry, o qual deveria ter como destino o extermínio. Nos desenhos, Tom apenas tenta proteger sua casa daquele parasita. Mas o que acontece é que, armado com um inesgotável arsenal de truques sujos, Jerry consegue fazer com que Tom seja eletrocutado na tomada, afogado na pia, incendiado na lareira, esmagado por pianos e, muitas vezes, explodido através do teto. Crianças insensíveis assistem a tudo isso dando risotas diante da TV – e provavelmente repetem essas façanhas com seus próprios gatos. 

Outro caso clássico é o de Frajola e Piu-Piu. Neste, junta-se a ofensa à injúria: Frajola é um gato malévolo cujo único objetivo na vida é o de comer o tíbio Piu-Piu, se frusta a casa tentativa pela suposta inteligência superior do canário. Mas será o canário assim tão tíbio? Sua frase, “Eu acho que vi um gatinho”, é de um cinismo quase insuperável nos anais da literatura. Os filmes o mostram sempre equipado para fuzilar, retalhar, picotar e achatar Frajola – mas isto é considerado ético pelos desenhos animados, nos quais “o mais fraco” tem de derrotar “o mais forte”. Mas quem é o forte ali?

Piu-Piu (cuja popularidade é reativada pela Warner de dez em dez anos, estampando-o mundialmente em jaquetas, meias, tênis, adesivos, camisetas e camisinhas) não é o único personagem de uma campanha destinada a enlamear a imagem dos gatos. Em Pinóquio, um dos vilões é um gato chamado Gedeão, que ajuda a raposa João Honesta a engambelar o boneco debiloide. Em Cinderela, o gato Lúcifer, gordo e mau, é uma assustadora ameaça a dois ratos, esqueléticos, Gus e Jaq. Em Alice no país das maravilhas, o gato Cheshire está longe de ser um personagem simpático – sabe que Alice vai se estrepar e não faz nada para impedir. Em A dama e o vagabunda, Se e Ão são dois siameses que destroem as cortinas, atacam o canário, afogam o peixinho dourado e investem contra o bebê da família, provocando a confusão que mandará Lady para a carrocinha. Em A espada era a lei, a bruxa Madame Min transforma-se, claro, num gato parecido com ela. E, mesmo em Os Aristogatas, que deveria ser um filme pró-gatos, há em cena um punhado de gatos vadios e desagradáveis, sendo que o herói é, na verdade, um rato chamado Roquefort.

Pensando bem, Walt Disney não podia mesmo gostar de gatos – ficou rico com um rato mudo chamado Mickey e coroou sua fortuna construindo ratoeiras humanas como a Disneylândia e a Disney World.


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